"Fonoaudiologia é uma arte que merece ser mais amplamente conhecida. Você não pode imaginar as acrobacias que sua língua mecanicamente executa para produzir todos os sons da linguagem”, Jean Dominique Bauby, foi Editor Chefe da Revista ELLE em Paris, após ter um AVE e precisar de tratamento fonoaudiológico.

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quarta-feira, 13 de abril de 2011

Ahhh... amar-mentar!

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Encontrei esse divertido "Quadrinhos" na edição de Out 2004 da Revista Cláudia


Nas minhas primeiras semanas como Fonoaudióloga Residente do Hospital Odilon Behrens, estou vendo de perto as "coisas que ninguém te conta sobre a hora de amamentar o bebê". Realmente, amamentar pode não ser tão fácil como a gente vê na televisão... contudo, as mamães podem encontrar na Fonoaudiologia a ajuda necessária para tornar a amamentação em amar-ment-ação. 

O Fonoaudiólogo orienta as mamães sobre a preparação dos seios, a retirada do leite materno e o posicionamento correto e seguro do bebê para amamentar. Além disso, a atuação fonoaudiológica pode ser destinada diretamente aos bebês com dificuldade de sugar e com dificuldade de coordenar o ritmo de sucção, deglutição e respiração. Em especial, os bebês prematuros e de baixo peso tem dificuldades para amamentar e por isso precisam frequentemente da intervenção fonoaudiológica.


O aleitamento materno é estimulado por inúmeras razões: protege contra diarréia, pneumonia, infecções de vias aéreas, otites, entre outras patologias de risco para a  sobrevivência do bebê; favorece ganhos nos aspectos sócio-econômico e psicológico; estabelece precocemente os laços afetivos entre mãe-bebê; previne a  hemorragia pós-parto; diminui o risco da ocorrência de câncer de mama e de colo de útero; e aumenta a auto-estima da mamãe. O Fonoaudiólogo estimula o aleitamento materno principalmente porque este favorece o desenvolvimento harmônico do aparelho estomatognático, reduz o risco de problemas na fala e dentição, estimula a aquisição de linguagem, e protege contra a ocorrência de perdas auditivas.

Por isso, mamães, não desistam de amar-mentar seus nenéns! Busquem ajuda profissional caso enfrentem quaisquer dificuldades em oferecer o aleitamento materno. 

sábado, 9 de abril de 2011

A Neurologia explica... e a Fonoaudiologia trata a Dislexia

De aorcdo com uma peqsiusa de uma uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra em qaul odrem as lteras de uma plravaa etãso, a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e útmlia lteras etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma bçguana ttaol, que vcoê anida pdoe ler sem pobrlmea. Itso é poqrue nós não lmeos cdaa ltera isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo. 

Eu coloquei esta brincadeira para iniciar o assunto sobre Dislexia - um transtorno da leitura e escrita em pessoas com inteligência normal e sem défices sensoriais. Algumas pessoas com dislexia baseiam-se na letra inicial e final das palavras para conseguir decifrar a palavra pelo contexto. Nem todas elas obtêm sucesso ou agilidade para fazê-lo. 

Entende-se a dislexia como um funcionamento peculiar do cérebro, e não uma doença. O disléxico tem dificuldade de decodificar as palavras e associar o som com a letra. Boder (1973) distinguiu a dislexia em três tipos, classificando-a de acordo com a tipologia do erro ou da dificuldade: quando ler ou escrever palavras conhecidas não é difícil mas ler ou escrever palavras inéditas é, trata-se de uma dislexia disfonética; quando ler é difícil, trabalhoso, demorado mas correto trata-se de uma dislexia deseidética e, portanto, o problema é de decodificação fonética; Quando ambos sintomas de dislexia disfonética e deseidética estão presentes, trata-se da dislexia mista.


A dislexia deve ser avaliada e tratada por uma equipe multiprofissional, pois a leitura e a escrita são processos complexos que envolvem aspectos neurológicos, sensoriais, psicológicos, sociais, culturais, econômicos, e educacionais. Entre estes profissionais, encontram-se neurologistas, oftalmologistas, psicólogos, pedagogos e fonoaudiólogos. O tratamento fonoaudiológico baseia-se em reforçar todas as habilidades linguísticas, focando na relação fonema grafema,  na associação do som-símbolo-produção, e no jogo com a estrutura das palavras.




Pestun MSV, Ciasca S, Gonçalves VMG. A importância da equipe interdisciplinar no diagnóstico de dislexia do desenvolvimento. Arq Neuropsiquiatr 2002;60(2-A):328-332.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Combate a resistência aos antimicrobianos é o tema preconizado pela OMS no Dia Mundial de Saúde 2011

Promover ações de combate a resistência aos antimicrobianos hoje para garantir a cura amanhã, essa é a campanha da Organização Mundial de Saúde (OMS) para o Dia Mundial da Saúde 2011, comemorado no dia 07 de abril de 2011. A resistência aos antimicrobianos é a resistência de um microorganismo (vírus, bactérias, fungos e parasitas) à ação de um medicamento, que antes era eficaz para combater uma determinada doença. O descobrimento dos antimicrobianos foi um dos principais
avanços da saúde na história da humanidade, garantindo o tratamento de muitas doenças com o uso de antibióticos, antivirais, alguns agentes quimioterápicos, antiparasitários e antifúngicos. A OMS teme que a resistência aos antimicrobianos torne doenças infecciosas - por exemplo a Aids, a malária e a tuberculose - incontroláveis e provoque futuras epidemias ou até pandemias.

Dentre os fatores causais da resistência aos antimicrobianos, sobressaem o uso exessivo ou errado dos antimicrobianos. Por exemplo, o paciente que não toma toda a dosagem recomendada pelo médico de um anitmicrobianos ou o médico que prescreve um antimicrobiano inadequado ou desnecessário favorecem a resistência dos microorganismos ao protocolo de tratamento.

Várias são as consequências da resistência aos antimicrobianos: o aumento da letalidade das infecções, pois essas tendem a não responder aos tratamentos padrões, aumentando o tempo de doença e a possibilidade de morte;  a dificuldade de controlar as infecções, pois o indivíduo que permanece mais tempo doente pode transmitir a mais pessoas a infecção; o aumento do custo com a saúde pública, devido a demora em tratar os indivíduos doentes, a ocorrência de mais casos, e a necessidade de utilizar métodos diferenciados e mais caros; o comprometimento da segurança em saúde e das relações internacionais entre os países, pois teme-se que as doenças espalhem mais rapidamente, devido ao crescente intercâmbio de pessoas e comércio entre os países; etc.

resistência aos antimicrobianos é um problema já conhecido há longa data, mas que tem se tornado mais perigoso e que poderá afetar mais gravemente as futuras gerações. . A OMS prioriza o combate a seis dificultadores: 1. vigilância epidemiológica deficiente; 2. medicamentos de baixa qualidade; 3. uso irracional de medicamentos; 4. ausência de controle de infecções; 5. carência de pesquisas na área; 6. descompromisso com a causa. Desta forma, todas as pessoas que usam, precrevem ou produzem antibióticos são responsáveis em combater este problema. Como profissional da saúde, me sinto responsável em aderir a campanha e por isso estou divulgando-a no blog! Como usuária, me comprometo a não interromper, sem indicação médica, qualquer tratamento farmacológico. E você? Identifique onde você pode estar falhando e/ ou como pode contribuir para combater a resistência aos antibmicrobianos.

Visite o website da OMS para mais informações.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

E o Cristo abriu os braços para a causa Autismo

Foto retirada do website Globo.com
Que a beleza e o simbolismo religioso da figura do Cristo Redentor iluminado em Azul, em apoio ao Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo (2 de abri), tenham inspirado a sociedade a ser mais solidária e consciente com a causa Autista. Em especial, almejo que esta data sensibilize  as pessoas a promoverem a inclusão social da pessoa portadora de Autismo e das famílias que buscam diariamente o melhor tratamento e esperam ansiosamente a descoberta da cura. A busca destas famílias é diária e envolve, sobretudo, muita fé na ciência, força contra o preconceito, investimento de tempo e dinheiro, e superação pessoal para lidar com o desconhecido. Peço aos meus leitores que demonstrem apoio e conhecimento sobre o autismo, em solidariedade às famílias e aos portadores. Para começar, eliminem atitudes preconceituosas e não façam piadas ou rotulem pessoas como se "autista" fosse um adjetivo e não um quadro clínico. Agradeço de coração, em nome de todas essas famílias!