"Fonoaudiologia é uma arte que merece ser mais amplamente conhecida. Você não pode imaginar as acrobacias que sua língua mecanicamente executa para produzir todos os sons da linguagem”, Jean Dominique Bauby, foi Editor Chefe da Revista ELLE em Paris, após ter um AVE e precisar de tratamento fonoaudiológico.

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domingo, 23 de março de 2014

MAMA-SUTRA! Vamos falar sobre posições para amamentar?




Gente, vi este quadrinhos na internet e adorei a piada! Esse négocio de amamentar não é mole, não!  Eu sei! As vezes é preciso fazer mama-labarismos!

Algumas mãezinhas, minhas pacientes, já me confessaram que no início eram muito resistentes em aceitar minhas orientações porque me achavam muito novinha (oba!) e sabiam que eu não tinha filhos para saber exatamente o que é a experiência da amamentação - nunca sei como elas descobrem esse segredo ;-)! No final, elas se surpreendiam como "a fono sabe das coisas" e faz diferença no processo de estabelecer o aleitamento materno! Adoro ouvir todos estes depoimentos, tirar ou estar na foto da primeira mamada do bebê e comemorar junto com a família o dia da alta do bebê que "agarrou" no hospital pela dificuldade de se alimentar! Só tenho a agradecer a todas as mães por dividirem comigo esta experiência e dizer que me sinto muito especial em poder ajudar a conquistar o sonhado ato de AMARmentar!

Dentre as coisas que a FONO sabe... a dica que eu quero compartilhar com vocês é que, em termos de mama-labarismos ou mama-sutra, quase todas as posições para amamentar valem! Pode escolher seu jeito, seu lado, seu braço, seu peito favorito para amamentar! Só NÃO vale deixar o bebê mamar DEITADO!

Além do risco de engasgar e dos problemas de refluxo, quando o bebê mama deitado, ou seja, completamente horizontalizado no colo ou na cama, o leite pode escorrer lá pra dentro do ouvido e causar problemas de audição. Isso ocorre porque todos nós temos um canal que comunica o ouvido com o nariz e a boca, que serve para "ventilar o ouvido"; no bebê, a posição deste canal facilita a passagem de leite que vem da boca ou catarro que vem do nariz para o ouvido. O acúmulo de líquido no ouvido, pode causar um grande problema. Imaginem só: o ouvido é um buraquinho pequenininho e quente... quando está úmido torna-se um berço para bactérias que causam infecção de ouvidos crescerem. Essa é uma das principais causas de OTITES!

Episódios de otites - além de levarem desconforto para o bebê, que pode sentir dor, ter mal cheiro no ouvido e apresentar febre - podem causar perda de audição. Muitos bebês falham no Teste da Orelhinha por causa de posição inadequada para amamentar, acreditam? Ou seja, mamar deitado causa alterações na audição antes mesmo do primeiro mês vida. Nesta fase, a maioria destas alterações pode se reverter após a adequação da prática de amamentar. Orientamos as mães e, comumente, os bebês apresentam resultados normais no reteste da orelhinha depois de 15 dias. Infelizmente, alguns outros vão precisar de tratamento otorrinolaringológico a longo prazo... e podem necessitar até mesmo de cirurgia!

Faça sua parte, mãe! Alguns problemas de audição, incluindo alguns tipos de otites, são causadas por motivos diversos que as vezes nem a medicina explica! Outros, são passíveis de prevenção. Não permita que seu bebê mame deitado! Se o sono bater e você não conseguir se levantar ou se assentar para amamentar, posicione um travesseiro abaixo da cabeça do bebê, de modo que ele fique na posição bem inclinada.

Você, mãe, que tiver tiver dificuldade para amamentar, procure um especialista! Não desista, seu bebê agradece!



quarta-feira, 10 de julho de 2013

SaLuT! Beber VINHO faz bem pra AUDIÇÃO

Olha eu lá em Napa Valley... 
Hoje fui almoçar num restaurante que estampava na entrada uma reportagem com a seguinte manchete: "RESVERATROL PRESERVA A AUDIÇÃO". Fonoaudióloga que sou, e amante de vinho, tive que investigar a fundo esta história!

A reportagem dizia que o resveratrol - substância  presente na uva e, portanto, no vinho - inibe os radicais livres e uma enzima chamada COX-2, que podem causar prejuízos na capacidade de ouvir. A reportagem deixou claro que a substância só é encontrada no vinho tinto (que pena!) e que, para obter o benefício,é necessário ingerir uma quantia bem alta. 

O estudo foi realizado no Departamento de Otorrinolaringologia/ Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital Henry Ford, nos Estados Unidos. Ele mostra que ratinhos saudáveis, quando receberam o resveratrol antes da exposição ao ruído intenso e contínuo, estiveram menos propícios a sofrerem dos efeitos da Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR). Os bichinhos tratados com resveratrol tiveram um índice de perda auditiva 50% menor. No experimento, o extrato de resveratrol foi transformado em cápsulas: 3 pílulas carregam o equivalente a 288 taças de vinho! 

É... se a gente tiver que beber tudo isso, eu diria que a gente vai morrer rápido, ouvindo bem e, quem sabe, muiiiiito feliz!

Para quem quiser conhecer o artigo original (eu achei! :-), ele foi publicado no jornal Otolaryngology - Head and Neck Surgery. Aqui vai o link   http://oto.sagepub.com/content/148/5/827.abstract

sábado, 2 de março de 2013

Se for fazer "Teste da Orelhinha", que seja bem feito!

Microfonia Coclear: Não dá para confiar só na EOA! Mas que é lindo de se ver o funcionamento do corpo humano, isso é!

A gente já nasce e tem que "passar" em um monte de teste. Hoje em dia o recém-nascido (RN) passa por várias triagens, com o objetivo de verificar doenças, deficiências ou alterações que possam ser diagnosticadas e tratadas precocemente. Começou com o "Teste do Pezinho" e agora já temos o "da Orelhinha", "do Olhinho", "da Linguinha", "do Coraçãozinho"... Certamente, são avanços da medicina que vieram para promover o desenvolvimento biopsicosocial saudável da criança.

A regularização e, portanto, obrigatoriedade das triagens dos recém-nascidos nos hospitais públicos e privados demandou muitos estudos e discussões, com vistas a identificar a relevância e a viabilidade dos exames de triagem do RN. Pesquisadores, políticos e entidades de classe - por exemplo, as Sociedades Brasileiras de Fonoaudiologia, Otorrinolaringologia, Pediatria, Oftalmologia, Cardiologia - precisaram se unir para regulamentar os projetos de leis voltados à saúde da criança. Hoje, temos grandes conquistas, e me orgulho por poder participar da prática, das discussões, pesquisas e regulação do Programa de Triagem Auditiva Neonatal em Minas Gerais.

O que me preocupa, entretanto, são os hospitais e serviços que estão realizando a Triagem Auditiva Neonatal, o famoso "Teste da Orelhinha", sem os critérios clínicos estabelecidos, visando apenas cumprir a lei ou garantir mais uma forma de lucro. Na prática, vejo no Serviço de Diagnóstico Audiológico Infantil onde eu trabalho, onde recebemos para diagnóstico as crianças que falharam à triagem, que alguns profissionais estão despreparados para desempenhar essa importante tarefa. 

As diretrizes recomendadas pelo Joint Committee on Infant Hearing (JCIH) e Comitê Multiprofissional de Saúde Auditiva (COMUSA) devem ser criteriosamente seguidas. É importante invenstigar com propriedade a presença de Indicadores de Risco para a Perda Auditiva. Consanguinidade, Hiperbilirrubinemia com Transfusão Extrasanguíneo e Antecedentes Familiares com Perda Auditiva, por exemplo, são frequentemente despercebidos. A identificação de tais indicadores é muito importante, pois as crianças que os apresentam necessitam retornar para consultas de acompanhamento do desenvolvimento auditivo, mesmo quando apresentam resultados normais à TAN. Apesar da cóclea, órgão sensorial da audição, estar completamente desenvolvido desde a vida intra-uterina, a maturação das vias auditivas centrais inicia-se após o nascimento e completa-se por volta dos 18 meses de vida pós-natal. Por isso, é possível desenvolver alterações auditivas após o nascimento, que podem não ser inicialmente perceptíveis ao olhar dos pais.

Me preocupa, sobretudo, os serviços que estão realizando a TAN utilizando-se exclusivamente da pesquisa das Emissões Otoacústicas Evocadas (EOA). A observação de respostas comportamentais auditivas, especialmente a pesquisa do Reflexo Cócleo-Palpebral (RCP) é de suma relevância e é diretriz definida pela COMUSA. Atenção, mamães!!! Ao acompanhar seus nenéns ao Teste da Orelhinha, observe ou pergunte sobre o "barulho que faz o neném piscar"! Outro dia, recebemos no nosso serviço, uma criança que passou no Teste da Orelhinha, realizado exclusivamente com a pesquisa das EOA. Os pais, que já tinham uma outra criança com deficiência auditiva, atentaram-se ao comportamento auditivo atípico da criança e nos procuraram mesmo com os resultados "normais" à TAN. Após uma série de exames - EOA Transientes presentes, RCP ausente, Respostas Comportamentais Auditivas Inadequadas para Sino, Ausência de formação de ondas I, III e V ao PEATE com presença de Microfonia Coclear - identificamos nela a presença do que chamamos de Neuropatia, ou seja, uma Perda Auditiva Central. Dentre as perdas auditivas, o prognóstico é um dos mais reservados. É preciso tratamento intenso para estimular a oralidade por leitura orofacial. Em alguns casos, o Implante Coclear também pode ser uma alternativa terapêutica.

A história me comoveu; fico triste em saber que, se o RCP tivesse sido pesquisado, o diagnóstico poderia ter sido fechado mais precocemente. Por isso, faço este apelo aqui no blog: 

Se for fazer Teste da Orelhinha, que seja bem feito!

terça-feira, 15 de maio de 2012

Palavra de fonoaudióloga sobre o Uso de COTONETES na orelha: NÃO USE!



"Estão fazendo a higiene das orelhinhas"? Sempre faço esta pergunta aos pais quando recebo recém-nascidos para a Triagem Auditiva Neonatal - o famoso "Teste da Orelhinha". As respostas são as mais diversas e me levaram a concluir que a obsessão pela higiene é uma cultura cultivada no brasileiro desde o nascimento. (Sim! somos obsecados por banho e por jogar água em tudo... hábitos pouco comuns mundo afora! ;-)


Muitos pais, receosos que eu lhes recrimine por não cuidarem bem da higiene do bebê, me respondem que "Sim, estamos fazendo a higiene das orelhinhas", mas eu percebo que "Não, sequer pensei que isso fosse necessário". É claro que eu não lhes condeno, pois sei que a chegada de um bebê no lar é um processo de adaptação e aprendizagem... e eu adoro lidar com esses recém "papais" e "mamães"! Outros (muitos) pais, me respondem que "Sim" e explicam como: "Devagarzinho, com cotonetes" . Poucos são os pais conscientes sobre a forma correta, quando realmente necessária, da higienização das orelhinas do recém nascido e até mesmo das nossas "orelhonas"!

Em se tratanto de orelhas, os cuidados de higiene são bem simples para qualquer idade. É importante saber, sobretudo, que a cera não é sinal de sujeira, muito menos de descuido. Ao contrário, recobrindo o conduto auditivo, a presença de cera confere proteção às orelhas quanto à entrada de microorganismos que causam infecção. Quando em excesso, normalmente, a cera é expelida naturalmente pela orelha; entretanto, algumas pessoas podem precisar de ajuda médica para retirá-la... e não de cotonetes.

O uso de cotonetes, com o objetivo de retirar a cera do ouvido, pode causar prejuízos à audição. Os adeptos dessa prática precisam entender que, ao contrário do que imaginam, a inserção do cotonete não é capar de puxar a cera de dentro para fora; ao contrário, ele tende a empurá-la para dentro da orelha, dificultando a expulsão natural e, consequentemente, favorecendo a formação de "rolhas de cerúmen." Essas rolhas, que são como bolinhas de cera que tampam o conduto auditivo, causam a diminuição da audição.

Outro risco relativo ao uso do cotonete é o de lesar as estruturas da orelha, especialmente a membrana timpânica. Mesmo que "Devagarzinho" ou "Com cuidado" o risco existe, especialmente em se tratando de crianças que não se aquietam!!!! Por isso, não se estresse em limpar as orelhas! O ideal é fazer a higiene apenas do pavilhão auricular (a parte externa da orelha), com o auxílio de uma gaze ou a pontinha de uma fralda umedecida com água. Relaxe, deixe com a própria orelha o trabalho de expelir o excesso de cera!

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Tympanometry - November 1, 2004 - American Family Physician

Ótimo artigo de revisão bibliográfica sobre a Imitanciometria:

Tympanometry - November 1, 2004 - American Family Physician

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O (meu) maior desafio no diagnóstico em Audiologia



- Emissões otoacústicas ausentes bilateralmente;
- Avaliação do comportamento auditivo com respostas inadequadas para a idade;
- Curva timpanométrica do tipo A bilateralmente;
- Ausência de formação de ondas I, III e V com limiar eletrofisiológico elevado (80dbNA) nos potenciais evocados auditivos de tronco encefálico...

Fácil para o fonoaudiólogo juntar essas peças e concluir uma perda auditiva do tipo neurosenssorial de grau severo a profundo bilateralmente. Difícil é contar para os pais de um lindo bebê, três meses de vida, sem fatores de risco para a deficiência auditiva, o que tais achados significam.

"Tem que fazer cirurgia?" - a mãe pergunta, me fazendo perceber quão difícil é para os pais montar este quebra-cabeça. Para responder, uma boa idéia é apresentar este audiograma lúdico, que facilita a compreensão da família sobre os diferentes níveis de audição e os prejuízos que uma perda auditiva podem causar, nos diferentes graus e frequências. Veja a figura e entenda você também sobre os níveis de audição!

A Política de Saúde Auditiva de Belo Horizonte recomenda que as crianças que falharam na Triagem Auditiva Neonatal e no Diagnóstico Audiológico Infanfil do Serviço de Audiologia do Hospital Municipal Odilon Behrens sejam encaminhadas para a Junta de Saúde Auditiva de Belo Horizonte. Lá, uma equipe multiprofissional - composta por fonoaudiólogos, otorrinolaringologista, psicólogo, assistente social e outros -  está a disposição para confirmar, detalhar e ajudar a família a receber este diagnóstico para, em seguida, planejar, incentivar e fornecer o melhor tratamento.

Embora seja difícil - tanto para o profissional informar quanto para a família entender - o diagnóstico de qualquer deficiência numa criança, é fácil qualquer um entender que diagnóstico precoce favorece o melhor prognóstico. E é pra isso que estamos aqui! :-)

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Afinal, quem é o FO-NO-AU-DI-Ó-LO-GO?

"Desculpe a minha ignorância, mas o que faz o Fonoaudiólogo"? Essa é uma pergunta que já escutei de vários amigos e até de familiares que acompanharam a minha formação mas não sabiam ao certo o que eu estava aprendendo na faculdade. Outro dia me surpreendi ao contar a um médico, pneumologista, sobre o meu interesse de atuar na area de Neonatologia e ser questionada pelo mesmo sobre como um Fonoaudiólogo poderia ajudar um bebê recém-nascido, que nem sabe falar. Tenho, ainda, muitos amigos dentistas que sabem que o Fonoaudiólogo é um parceiro no tratamento dos problemas bucais, mas não sabem bem quando encaminhar um paciente.

Aproveito que hoje, 9 de Dezembro, é o Dia do Fonoaudiólogo para divulgar essa profissão de atuação tão diversificada e esclarecer ao público como um Fonoaudiólogo pode lhes ajudar e quando procurá-lo. Um Fonoaudiólogo trata problemas classificados em cinco áreas: a Audiologia, a Linguagem, a Voz, a Fala, e a Motricidade Orofacial. Existem ainda, duas áreas novas e que estão em ascensão, a Fonoaudiologia Forense e a Fonoaudiologia Empresarial. Vou falar de cada uma delas, apresentando inicialmente as queixas mais comuns.

SE VOCÊ ACHA QUE... escuta pouco? seu filho nunca responde quando você o chama, mesmo quando o assunto é de interesse dele? seu filho coloca o volume da TV no máximo? escuta bem, mas não entende as palavras? já notou um chiado ou um apito constante no seu ouvido? sente muita tontura, principalmente quando muda de posição ou quando olha para um ponto fixo? está com a sensação de ouvido tampado há muitos dias? o seu aparelho de audição não está funcionando muito bem? ... PROCURE UM FONOAUDIÓLOGO PARA AVALIAR O QUE ESTÁ ACONTECENDO NA SUA ORELHA.


O Fonoaudiólogo que trabalha com AUDIOLOGIA pode avaliar e tratar problemas relacionados à função auditiva, ou seja, problemas em ouvir, e à função vestibular, ou seja, problemas de equilíbrio. As alterações físicas da orelha, no entanto, são tratadas pelo Otorrinolaringologista com medicação e cirurgia. Muitas vezes estes problemas estão relacionados e por isso é muito importante a parceria destes profissionais. Para avaliar os problemas de audição o Fonoaudiólogo realiza diversos exames, os mais conhecidos são: audiometria clínica e ocupacional, logoaudiometria, impedanciometria, audiometria de pontenciais evocados de tronco encefálico, emissões otoacústicas, audiometria condicionada infantil. Um exame muito importante, que hoje é obrigatório em todas as maternidades e hospitais públicos do Brasil, é o "teste da orelhinha", que serve para diagnosticar precocemente a perda auditiva em recém-nascidos. Para avaliar os problemas de equilíbrio o Fonoaudiólogo realiza os testes vestibulares, sendo o mais conhecido a vectoeletronistagmografia. Ao serem detectadas alterações, a reabilitação auditiva e vestibular pode ser realizada pelo Fonoaudiólogo, que é também o profissional responsável pelo processo de seleção e adaptação de próteses auditivas. O Fonoaudiólogo pode, ainda, atuar em várias empresas e indústrias, realizando Programas de Conservaçào Auditiva, com o objetivo de garantir a saúde auditiva de trabalhadores que estão expostos a ambientes ruidosos.

VOCÊ PERCEBEU QUE... seu filho já tem 2 anos e não fala nada? seu filho está na escola e está com muita dificuldade para ler e para escrever? sua avó teve um AVE (derrame) e não fala mais, ou fala coisas sem sentido? você pergunta pro seu avô que dia é hoje e ele diz que está com fome? seu avô não lembra o que fez a cinco minutos atrás? tem dislexia? ... INDIQUE UM FONOAUDIÓLOGO!


Você deve estar se perguntando se isso é LINGUAGEM? VOZ? FALA? Enfim, qual a diferença entre estas? Para começar a entender porque a Fonoaudiologia divide estas funções em três áreas, basta pensar que para Falar, é necessário ter Voz e ter Linguagem! Como assim? Bom, de uma maneira bem simples, a fala acontece na boca, a voz na garganta, e a linguagem no cérebro. Vamos por parte...

As queixas acima, são problemas relacionados à LINGUAGEM. Para expressar a LINGUAGEM é necessário que o cérebro seja rico em informações, que nos permitam compreender o significado de cada gesto, palavra, figura. Quando ocorre uma problema em entender tais informações, ou ainda de expressar essas informações, o Fonoaudiólogo é o profissional responsável em avaliar e tratar tais problemas. Comumente, eles estão relacionados às síndromes, às deficiências visual e auditiva, aos transtornos como autismo e hiperatividade, além de doenças e acidentes neurológicos, por exemplo o Alzheimer e os AVEs (derrames). Por isso é tão comum que as crianças especiais e os adultos e idosos que tiveram um problema neurológico sejam acompanhados por um Fonoaudiólogo. Mesmo as crianças que tiveram o desenvolvimento normal, sem a ocorrência de qualquer doença, podem apresentar atrasos ou problemas de LINGUAGEM - os mais comuns são os problemas na escrita e na leitura e, por isso, é importante o Fonoaudiólogo avaliar e acompanhar crianças em idade escolar.

Agora, SE VOCÊ... está rouco há mais de 15 dias? acha que fala muito grosso, ou muito fino? muito forte ("alto"), ou muito fraco ("baixo")? fala pelo nariz? desafina na hora de cantar? está sempre com a garganta seca? tem sensação de corpo estranho na "guela"? fica muito cansado depois de dar aulas? você fica rouco com frequência? grita na sala de aula para que seus alunos lhe escutem? quer melhorar o controle de ar na hora de cantar? ... O FONOAUDIÓLOGO QUE TRABALHA COM VOZ PODE TE AJUDAR!

A VOZ é uma área bem conhecida da Fonoaudiologia. Aqui, encontram-se principalmente os problemas de rouquidão, que podem ter causas diversas, sendo a mais perigosa o câncer de laringe. Lembre-se que o Otorrinolaringologista e o Fonoaudiólogo são parceiros na hora de avaliar e tratar os problemas nas pregas vocais (popularmente denominadas cordas vocais). As pessoas interessadas em mudar ou aperfeiçoar a VOZ, uma queixa muito comum entre os atores e cantores, também podem contar com o Fonoaudiólogo. Em relação à manutenção da Saúde Vocal Ocupacional, principalmente dos professores e atendentes de telemarketing, fica também a cargo da Fonoaudiologia criar programas específicos de acordo com o perfil de cada empresa ou escola.

E SE VOCÊ ACHA QUE O FONOAUDIÓLOGO É O PROFISSIONAL QUE VAI TE AJUDAR QUANDO... seu filho tem mais de quatro anos e ainda troca todos os sons? tem mais de 5 anos e ainda fala "alala", "mamadela", "balata"? gagueira não tem cura? seu sotaque é muito forte? você fala muito rápido ou muito devagar? as pessoas não te entendem ao telefone? você gagueja para expor as suas idéias? ... VOCÊ ACERTOU!

Sim, é o Fonoaudiólogo que cuida dos problemas de FALA! Ele trata a disfluência, popularmente denominada "gagueira" e também os desvios fonéticos e fonológicos, que são problemas comuns das crianças na hora de falar. Trocar o som do R, que é o mais difícil de aprender, pelo som do L é um problema típico. As trocas podem acontecer com todos os sons, sendo necessário uma avaliação Fonoaudiológica se a criança com 5 anos de idade continuar falando errado. Felizmente, é bem fácil para os pais identificar os problemas de fala!

SURPREENDA-SE COM A ATUAÇÃO DO FONOAUDIÓLOGO, SE SUA QUEIXA É... ronca muito? mastiga de um lado só? escuta estalos no "ouvido" na hora de comer? aperta os dentes? sente dores de cabeça e dores cervicais quando acorda? respira pela boca? cospe quando fala? engasga muito na hora de comer? tem muita dificuldade de engolir? acha que seu bebê não está conseguindo sugar no peito, não consegue engolir ou engasga muito enquanto mama? fala com a língua pra fora? tem "língua-presa"? está com um lado do rosto torto? sente que um lado do rosto é mais gordo e outro é mais magro? está com rugas? está com muitas linhas de expressão na testa? está com o rosto muito flácido?


Tais problemas podem ser solucionados pelo Fonoaudiologo que atua na área de MOTRICIDADE OROFACIAL. Aqui, concentram-se todas as funções desempenhadas pela musculatura facial e cervical, denominas funções estomatognáticas, sendo que mastigar, respirar e deglutir são as mais importantes desta área. A língua desempenha um papel muito importante na realização de todas estas funções e a adequação da musculatura e do posicionamento desta é de responsabilidade do Fonoaudiólogo. As dificuldades de mastigação podem ocorrer por problemas dentais, musculares e articulares, sendo muito importante nestes casos a parceria de Dentistas e Fonoaudiólogos. Na hora de colocar um aparelho ortodôntico é indispensável que o paciente realize as funções estomatognáticas corretamente, para que a correção ortodôntica seja possível, ou que seja mantida. Os problemas de respiração, por exemplo o ronco ou a respiração oral, são muito comuns e aqui também a parceria entre Dentistas e Fonoaudiólogos é muito importante. Além destes profissionais, a intervenção do Otorrinolaringologista e do Fisioterapeuta são de igual importância nos problemas de respiração. As dificuldades de deglutição, denominadas disfagia, merecem atenção especial porque podem colocar em risco a vida dos pacientes. Comumente, a disfagia é uma sequela de acidentes neurológicos, por exemplo crianças com disfunção neuromotora (a paralisia cerebral); recém-nascidos pré-maturos ou de baixo peso; pessoas que tiveram um AVE (o derrame), Traumatismo craniano, Parkinson; entre outros. Neste caso não é seguro comer pela boca e faz-se necessário a alimentação por meio de sonda. Por isso, é indispensável contar com o Fonoaudiólogo nos Hospitais e Maternidades, sendo objetivo desta especialidade retirar a sonda e reabilitar o paciente para a alimentação via oral. Também é indispensável a atuação multidisciplinar, principalmente com os seguintes profissionais: gastroenterologistas, neurologistas, pneumologistas, fisioterapeutas, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, psicólogos. Finalmente, na área de MOTRICIDADE OROFACIAL, o Fonoaudiólogo ajuda desde pessoas que tiveram uma paralisia ou sofreram queimaduras na região facial e cervical até as pessoas interessadas em melhorar o aspecto estético da face, minimizando linhas de expressão e rugas.

E SE VOCÊ PRECISA DE AJUDA PARA IDENTIFICAR CRIMINOSOS...

Na FONOAUDIOLOGIA FORENSE, o Fonoaudiólogo contribui para combater e desvendar crimes. Ele pode, por exemplo, identificar a voz de criminosos em escutas telefônicas ao utilizar técnicas modernas de perícia de voz.


E SE É UMA QUESTÃO DE NEGÓCIOS...


Na FONOAUDIOLOGIA EMPRESARIAL, o Fonoaudiólogo garante um bom desempenho comunicativo - melhorando a oratória, a desenvoltura e a segurança ao falar - para profissionais do mundo dos negócios. Empresas que querem melhorar a performance comunicativa de seus funcionários encontram no Fonoaudiólogo o profissional mais adequado para treiná-los e aperfeiçoá-los, quanto às suas habilidades comunicativas.


Procure um Fonoaudiólogo. Você poderá encontrá-lo atuando em consultórios particulares, hospitais, escolas, clínicas, centros auditivos, clínicas de estética, empresas, serviços públicos, entre outros.