quinta-feira, 11 de agosto de 2011
O (meu) maior desafio no diagnóstico em Audiologia
- Emissões otoacústicas ausentes bilateralmente;
- Avaliação do comportamento auditivo com respostas inadequadas para a idade;
- Curva timpanométrica do tipo A bilateralmente;
- Ausência de formação de ondas I, III e V com limiar eletrofisiológico elevado (80dbNA) nos potenciais evocados auditivos de tronco encefálico...
Fácil para o fonoaudiólogo juntar essas peças e concluir uma perda auditiva do tipo neurosenssorial de grau severo a profundo bilateralmente. Difícil é contar para os pais de um lindo bebê, três meses de vida, sem fatores de risco para a deficiência auditiva, o que tais achados significam.
"Tem que fazer cirurgia?" - a mãe pergunta, me fazendo perceber quão difícil é para os pais montar este quebra-cabeça. Para responder, uma boa idéia é apresentar este audiograma lúdico, que facilita a compreensão da família sobre os diferentes níveis de audição e os prejuízos que uma perda auditiva podem causar, nos diferentes graus e frequências. Veja a figura e entenda você também sobre os níveis de audição!
A Política de Saúde Auditiva de Belo Horizonte recomenda que as crianças que falharam na Triagem Auditiva Neonatal e no Diagnóstico Audiológico Infanfil do Serviço de Audiologia do Hospital Municipal Odilon Behrens sejam encaminhadas para a Junta de Saúde Auditiva de Belo Horizonte. Lá, uma equipe multiprofissional - composta por fonoaudiólogos, otorrinolaringologista, psicólogo, assistente social e outros - está a disposição para confirmar, detalhar e ajudar a família a receber este diagnóstico para, em seguida, planejar, incentivar e fornecer o melhor tratamento.
Embora seja difícil - tanto para o profissional informar quanto para a família entender - o diagnóstico de qualquer deficiência numa criança, é fácil qualquer um entender que diagnóstico precoce favorece o melhor prognóstico. E é pra isso que estamos aqui! :-)
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Olá Patrícia!!
ResponderExcluirTrabalha com autistas?
Vim ler tuas informações,
não conseguirei ler tudo mas já linkei você ao meu blog.
Trabalho na área clínica com equipe multidisciplinar, e o autismo é uma doença
que me chama aternção.
Tenho um blog onde escrevo sobre autismo, se
quiser me visitar fique a vontade.
Abraço
Meri Aleixo
Olá Meri! Seja bem vinda! Gostei muito do seu blog. Meu trabalho com crs autistas segue a linha ABA, em especial PECS. Estou à disposição! Vamos mantendo contato para compartilharmos experiências. Um abraço!
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